terça-feira, 18 de setembro de 2012

Biribiri;uma viagem ao passado

Biribiri surgiu no final do seculo XIX,quando foi instalada ali a Companhia Industrial de Estamparia,por iniciativa de D. João Antônio dos Santos,então bispo diocesano de Diamantina.Foi entorno dessa fabrica,fundada em 1876,que formou-se o povoado,uma das primeiras comunidades fabris de Minas Geraes.

Em 1973,depois de quase cem anos,a tecelagem foi desativada,mas,em seu conjunto urbano e arquitetonico,Biribiri ainda conserva a sede da fabrica,o teatro,a escola,as residencias operarias e a igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.

Biribiri fica a 282 km de Belo Horizonte,e pertence ao distrito de Diamantina-MG

7 de setembro-8h30

Eu,meu pai,minha mãe,minha tia,minha prima e meu tio saimos de Belo Horizonte e paramos várias vezes na estrada.Chegamos em Biribiri as 13h.Enquanto eu e minha prima conheciamos o local meus parentes sentaram no restaurante do local.De noite,jantamos e fomos dormir.

8 de setembro

Acordamos as 8h,fomos lanchar.Apos o lanche nos arrumamos e fomos apenas conhecer as cachoeiras locais.Logo apos fomos a Diamantina,onde almoçamos e passamos a tarde.De tardinha voltamos a Biribiri jantamos e fomos dormir.

9 de setembro

No ultimo dia acordamos doloridos,por causa do passeio no dia anterior.Lanchamos e nos arrumamos para passar a manha toda nas cachoeiras.Estavamos animados.As10h fomos ate a cachoeira,onde eu,minha prima,minha tia e minha mãe ficamos nadando na agua gelada.Meu pai e meu tio não entraram,so ficaram conversando.Ao voltarmos para Biribiri para almoçarmos e irmos embora,conseguimos pegar a igreja aberta      e então a visitamos e fomos almoçar.Eu e minha prima ficamos olhando os cristais que pegamos na cachoeira,foi divertido.As 16h30 fomos embora e as 21h30 chegamos em Belo Horizonte.A VIAGEM FOI MUITO DIVERTIDA!!!!!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pin de Evandro Aléssio

Oi pesssoal!!!

O sexto ano acabou de ler um livro Fantástico!!! Esse livro tão fantástico se chama Pin quem o escreveu foi Evandro Aléssio.O livro é grande mais vale a pena ler. Descobrir alguns mistérios como o homem de branco... Sinseramente o Evandro deveria escrever otro livro desses!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

NOTÍCIA - FESTA DA FAMÍLIA COLÉGO SÃO PAULO BH

FAMÍLIA - SANTUÁRIO DA VIDA.
Caio Lott e Thiago Henriques


A Festa da Família aconteceu no dia 11 de agosto de 2012, no colégio São Paulo.
A duração da festa foi de cinco horas, com início às 9 horas da manhã e término às 14 horas.
O objetivo dessa festa é à integração do colégio, família e comunidade. Durante a festa, foram realizadas atividades artísticas, culturais, esportivas, oficinas, brincadeiras e muito mais.
A comunidade pode participar de vários jogos: xadrez, ping pong e totó; brincar no futebol de sabão, escalada, xadrez humano e, participar nas oficinas de vaso, pintura de rosto,  pipa e brinquedos com material de sucata. Os convidados se deliciaram com churrasquinhos, algodão doce, cachorro quente, marcarrão na chapa, suco, refrigerante, etc. A grande surpresa da festa foi a apresentação de balé, flauta e coral da Ed. Infantil e o lançamento do CD de músicas das turmas do 1° período que cantaram e dançaram. 
Foi montado um telão para a transmissão da semi-final do jogo de futebol do Brasil X Bolívia, dos Jogos Olímpicos de Londres.
Confira abaixo a entrevista com uma das organizadoras da festa, a profissional de marketing do Colégio São Paulo, Jaqueline Bicalho:

Jaqueline Bicalho trabalha há 7 anos no Colégio São Paulo e, na sua área de atuação, marketing, ela executa, sempre com muita competência, diversos serviços, entre eles, a organização das festas.

Perg.: Jaqueline, como, onde e quando é realizada a festa da família?
Resp.: Partindo do princípio que a Festa da Família é o momento em que a família têm a oportunidade de interagir com a escola. Normalmente acontece na estrutura do CSPBH, sempre na segunda quinzena de agosto.

Perg.: Quando você começa a organizar a festa da família?
Resp.: Dependendo do que preciso, em janeiro já encaminho ofícios para os órgãos que me ajudam a montar a estrutura, como: SESC, BHTRANS, Companhia da Carne, etc. Ainda faço contato e reserva da contratação de brinquedos, DJ, decoração, autorização dos órgãos competentes. Já deixamos pronto o croqui para disposição dos espaços, escala de funcionários, segurança.

Perg.: Como é a repercussão da festa da família? As familias gostam? Os alunos também?
Resp.: Eu particularmente escuto sempre elogios. A que aconteceu na rua é sempre lembrada, as duas feiras de habilidades foi um grande sucesso. Acho que gostam muito.

Perg.: O que você mais gosta de fazer durante o evento?
Resp.: É ver a satisfação das família. Isto é muito gratificante.

Jaqueline Bicalho (marketing) e Cristiane Ragone (Coord. Ed. Infantil)


Oficina de Pipa

Oficina de Pintura

Futebol de sabão

Algodão Doce

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Coveiro Fantasma


Um dia em uma pequena vila perto de um cemitério, havia um garoto chamado Eduardo. Ele tinha dois amigos Pedro Vitor e Bernardo. Os garotos moravam em humildes casas no centro da vila, toda noite ouviam-se barulhos vindos do cemitério.

Os moradores da vila ficavam apavorados com os barulhos do cemitério. Os garotos resolveram que no dia da Fantasia iriam ao cemitério descobrir o motivo dos barulhos.

No dia da Fantasia, os garotos foram ao cemitério. O cemitério era escuro, com árvores mortas, muitas lapides, a terra era pantanosa, era bem frio, com uma bela vista para lua.

Os garotos começaram a procurar os misteriosos barulhos. Eduardo encontrou uma cova aberta, leu o que estava escrito na lapide. “Aqui jas o coveiro Sergio Soturno, morto no dia 29/10/1946”. Bernardo encontrou uma pá suja de terra. Pedro Vitor encontrou pegadas que pareciam recentes.

Os três se reúnem e cada um fala o que encontrou. Pedro Vitor fala que encontrou pegadas, Eduardo sugere que eles sigam as pegadas, todos concordam.

No fim da trilha eles encontram um casebre de madeira velho e abandonado. Eles entram na casa, a porta fecha e o fantasma do coveiro aparece na frente deles.

E nunca mais ouviram falar dos garotos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

biografia de pedro bandeira

Pedro Bandeira de Luna Filho (1942) é escritor brasileiro de livros infanto-juvenis. Se destacou com a obra "A Droga da Obediência". Recebeu, entre outro, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do livro.
Pedro Bandeira nasceu em Santos, São Paulo, em 9 de março de 1942, onde dedicou-se ao teatro amador, até mudar para a capital, onde estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Casou-se com Lia, com quem teve três filhos: Rodrigo, Marcelo e Maurício.
Além de professor, trabalhou em teatro profissional até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Mas desde 1962, já trabalhava também na área de jornalismo e publicidade, começando na revista "Última Hora" e depois na Editora Abril, onde escreveu para diversas revistas e foi convidado a participar de um coleção de livros infantis.
O primeiro livro "O dinossauro que fazia au-au", voltado para as crianças, fez um grande sucesso. Mas foi com "A Droga da Obediência", voltado para adolescentes, que ele considera seu público alvo, que se consagrou.
Desde 1983, Pedro Bandeira dedicou-se inteiramente à literatura. Ele garante que a experiência em jornais e revistas o ajudaram como escritor, uma vez que o jornalista é obrigado a estar preparado para escrever sobre quase tudo. Ele escrevia para revista de adolescente e para publicações técnicas. Foi aprendendo a criar um estilo para cada público.
Estudou psicologia e educação para entender em que faixa etária a criança acha o pai herói, com qual idade acha ele um idiota e quando está pronta para questionar tudo e todos. "Sem esse conhecimento é impossível criar um personagem com o qual o leitor que você pretende atingir se identifique". A inspiração para cada história, segundo o autor, vinha de livros que leu e nos acontecimentos de sua própria vida.
Criatividade nunca faltou ao santista, mas quando isso acontece, Pedro abre o e-mail de seu computador e começa a ler mensagens e cartas que recebe semanalmente de seus leitores de todo Brasil. "As vezes tiro idéias das cartas porque o conteúdo das mensagens são os mais diversos. Tem quem pede conselho sentimental, outros dizem que não se dão bem com os pais e já recebi até carta de presidiário. Tento responder a todas".
Pedro Bandeira é o autor de Literatura Juvenil mais vendido no Brasil e, como especialista em técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o Brasil.
Já escreveu mais de 50 livros, entre eles a série "Os Karas", "A marca de uma lágrima", "Agora estou sozinha...", "A hora da verdade" e "Prova de Fogo".

biografia walcyr carrasco


Walcyr Carrasco nasceu em 1º de dezembro de 1951 em Bernardino de Campos, São Paulo. Dos 3 aos 15 anos, morou em Marília, onde cursou o primeiro e segundo graus. Mudou-se então para São Paulo e estudou no antigo Colégio de Aplicação da USP, famoso por suas bem-sucedidas experiências educacionais. Formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP.

Por muitos anos, trabalhou como jornalista nos principais órgãos de imprensa do país (nas revistas Veja e IstoÉ e nos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Diário Popular), ao mesmo tempo em que iniciava a carreira de escritor com histórias para a revista infantil Recreio.

Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro - QUANDO MEU IRMÃOZINHO NASCEU. Viriam depois muitos outros, incluídos aí os infanto-juvenis VIDA DE DROGA (Editora Ática), A CORRENTE DA VIDA (Editora Moderna), O SELVAGEM (Editora Global), as traduções e adaptações de clássicos da literatura como OS MISERÁVEIS (Editora FTD), A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS (Editora FTD), CONTOS DE ANDERSEN (Editora Manole) e outros, que lhe valeram diversas menções de "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Entre suas obras voltadas ao público adulto estão a autobiografia EM BUSCA DE UM SONHO (Editora Moderna) - sobre como escolheu sua profissão -, PEQUENOS DELITOS (Editora Bestseller), A SENHORA DAS VELAS (Editora Arx) e também o recente ANJO DE QUATRO PATAS (Editora Gente), em que conta momentos engraçados e comoventes que dividiu com seu fiel companheiro, o cão Uno.

Também autor de teatro, o primeiro texto de Walcyr a ganhar os palcos foi a comédia de costumes O TERCEIRO BEIJO. Entre as peças de sua autoria estão ATÉ QUE O SEXO NOS SEPARE, com Fúlvio Stefanini, e ÊXTASE, que teve no elenco Caco Ciocler, Daniel de Oliveira e Rosane Gofman e pela qual recebeu o Prêmio Shell de Melhor Autor.

Na televisão, começou sua carreira com a série JOANA, com Regina Duarte, no SBT. É autor também de memoráveis novelas como XICA DA SILVA (na extinta TV Manchete), O CRAVO E A ROSA (Rede Globo), A PADROEIRA (Rede Globo), CHOCOLATE COM PIMENTA (Rede Globo), SETE PECADOS (Rede Globo) e ALMA GÊMEA (Rede Globo).

Tamanha produção rendeu a ele não apenas sucesso e reconhecimento, mas também a cadeira número 14 na Academia Paulista de Letras. Atualmente, escreve livros, peças de teatro e novelas para televisão. Adora cozinhar e pintar. E também seus bichos - tem três cachorros e dois gatos.

No Momento
Walcyr Carrasco escreve uma crônica quinzenal na revista Veja São Paulo e a novela CARAS & BOCAS, que vai ao ar às 19 horas, de segunda a sábado, pela Rede Globo.

biografia de Julio Verne

Jules Gabriel Verne, conhecido popularmente como Júlio Verne foi um importante escritor francês do século XIX. Nasceu na cidade de Nantes em 8 de fevereiro de 1828 e faleceu em 24 de março de 1905 na cidade de Amiens (França). Ganhou grande destaque no cenário literário internacional através de suas novelas de aventuras que fizeram e ainda fazem muito sucesso.

Júlio passou a infância com a família na cidade de Nantes. Por ser uma cidade portuária, alguns biógrafos do escritor afirmam que Júlio Verne adorava ficar olhando os navios chegarem e partirem. Este fato pode ter estimulado seu gosto pelas aventuras e viagens.

No início da fase adulta, foi enviado pelo pai para a cidade de Paris com o objetivo de que estudasse Direito e seguisse assim a mesma carreira do pai. Porém, na capital francesa passou a desenvolver grande interesse por teatro e literatura.

Deixou de lado o estudo das leis, fato que lhe causou o corte da ajuda financeira que vinha regularmente do pai. Para sobreviver, passou a trabalhar como corretor de ações. 
Em 1857, se casou com Honorine de Morel, uma viúva com dois filhos. Em 1861, teve um filho com ela que se chamou Michel Jean Pierre Verne.

No começo da década de 1860, já bastante familiarizado com setores da intelectualidade francesa, entrou em contato com os grandes escritores Victor Hugo e Alexandre Dumas.

Em 1863, foi publicada sua primeira grande obra: "Cinco Semanas em um Balão". A obra fala sobre uma viagem em um balão de hidrogênio sobre o território africano. Júlio Verne mostrou, nesta obra, importantes aspectos geográficos, culturais e até mesmo sobre a vida animal da África. As informações contidas no livro, e que muitos julgavam ser fictícias, vieram das pesquisas feitas por Júlio Verne e também se sua rica imaginação. Com esta obra, Júlio Verne passou a ser famoso, além de ganhar um bom dinheiro que lhe garantiu estabilidade financeira para escrever outros livros.

O estilo literário de Júlio Verne fez um grande sucesso na segunda metade do século XIX, pois a literatura se expandia e a vontade em conhecer lugares exóticos era muito grande. Sua obra é marcada por doses de ficção científica, aventuras em locais extraordinários e aspectos culturais de povos e pessoas reais e imaginárias.

 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

biografia de Luís câmara cascudo

Luís Câmara Cascudo nasceu em 30 de dezembro de 1898, na cidade de Natal, estado do Rio Grande do Norte. Filho único de Francisco Justino de Oliveira Cascudo, um influente coronel da Guarda Nacional, e de Ana Maria da Câmara Cascudo.

Estudou no Externato Coração de Jesus e no Colégio Santo Antônio. Chegou a cursar medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, porém desistiu do curso e foi estudar Direito na faculdade do Recife. Câmara Cascudo casou-se em 1929, com Dália, com quem teve dois filhos.
Câmara Cascudo trabalhou como professor, diretor de escola, secretário do Tribunal de Justiça e exerceu atividade de jornalista escrevendo crônica diária no jornal “A República” e outros veículos. Foi divulgador do integralismo e lecionou direito internacional na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Lançou mais de 150 livros, escreveu até os últimos dias de sua vida; o primeiro livro, “Alma Patrícia”, foi lançado em 1921. Em 1939, lançou a obra “Vaqueiros e Cantadores”, livro que destacou o seu nome entre os autores que escreviam sobre a sabedoria popular.
Em 1954, lançou o livro “Dicionário do Folclore Brasileiro”, obra que o destacou como folclorista e em referência mundial. Em 1959, lançou “Rede de Dormir”; em 1967, “História da Alimentação no Brasil”, e no fim da década de 60, “Nomes da Terra”.
Nunca abandonou a sua terra natal. Em 1965, lançou o livro “História do Rio Grande do Norte”. Fundou a Sociedade Brasileira de Folclore, e até os dia de hoje é referência de autor e pesquisa relacionada ao folclore brasileiro.
Publicou suas obras no Brasil e no exterior, por não querer abandonar a sua terra não aceitou ser membro da Academia Brasileira de Letras, e ainda rejeitou o convite para ser reitor da Universidade de Brasília, convite feito na época pelo então presidente Juscelino. Câmara Cascudo faleceu em Natal, no dia 30 de julho de 1986.

luis da camara.jpg

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Biografia Ruth Rocha

    
Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Filha dos cariocas Álvaro de Faria Machado, médico, e Esther de Sampaio Machado, tem quatro irmãos, Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre. Teve uma infância alegre e repleta de livros e gibis. O bairro de Vila Mariana, onde morava, tinha nessa época muitas chácaras por onde Ruth passava, a caminho da escola - estudava no Colégio Bandeirantes. Mais tarde, terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco.

É graduada em Sociologia e Política pela Universidade de São Paulo e pós-graduada em Orientação Educacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Casada com Eduardo Rocha, tem uma filha, Mariana e dois netos, Miguel e Pedro.

Durante 15 anos (de 1956 a 1972) foi orientadora educacional do Colégio Rio Branco, onde pôde conviver com os conflitos e as difíceis vivências infantis e com as mudanças do seu tempo. A liberação da mulher, as questões afetivas e de auto-estima foram sedimentando-se em sua formação.

Começou a escrever em 1967, para a revista Claudia, artigos sobre educação. Participou da criação da revista Recreio, da Editora Abril, onde teve suas primeiras histórias publicadas a partir de 1969. “Romeu e Julieta”, “Meu Amigo Ventinho”, “Catapimba e Sua Turma”, “O Dono da Bola”, “Teresinha e Gabriela” estão entre seus primeiros textos de ficção. Ainda na Abril, foi editora, redatora e diretora da Divisão de Infanto-Juvenis.

Publicou seu primeiro livro, “Palavras Muitas Palavras”, em 1976, e desde então já teve mais de 130 títulos publicados, entre livros de ficção, didáticos, paradidáticos e um dicionário. As histórias de Ruth Rocha estão espalhadas pelo mundo, traduzidas em mais de 25 idiomas.

Monteiro Lobato foi sua grande influência. Em sua obra, essa influência se traduz pelo seu interesse nos problemas sociais e políticos, na sua tendência ao humor e nas suas posições feministas.

Seu livro de forte conteúdo crítico, “Uma História de Rabos Presos”, foi lançado em 1989 no Congresso Nacional em Brasília, com a presença de grande número de parlamentares. Em 1988 e 1990 lançou na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York seus livros “Declaração Universal dos Direitos Humanos” para crianças e “Azul e Lindo – Planeta Terra Nossa Casa”.

Participou durante seis anos do programa de televisão Gazeta Meio-Dia como membro fixo da mesa de debates.

Em 1998 foi condecorada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura.

Ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, da Câmara Brasileira do Livro, cinco Prêmios “Jabuti”, da Associação Paulista de Críticos de Arte e da Academia Brasileira de Letras, Prêmio João de Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte, entre outros.

Seu livro mais conhecido é “Marcelo, Marmelo, Martelo”, que já vendeu mais de 1 milhão de cópias.

Em 2002 ganhou o prêmio Moinho Santista de Literatura Infantil, da Fundação Bunge. Também nesse ano foi escolhida como membro do PEN CLUB – Associação Mundial de Escritores no Rio de Janeiro.

Atualmente é membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta.


Site Ruth Rocha: http://www2.uol.com.br/ruthrocha/home.htm

terça-feira, 20 de março de 2012

Pescadores - Adaptado por Caio Lott

Hoje é domingo
Pede cachimbo
Cachimbo é de ouro
Bate no touro
Tou é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Muda o programa
De quatro amigos
Executivos
Cansados da praia,
do bar, da soneca,
do futebol, jantar em restaurante.
Todo domingo,
tiveram uma ideia,
ir pescar em
uma praia mais isolada.
Nada de pexie,
chegaram homens
filmando um programa
do domingo carioca.

Desceram da Kombi
distribuiram peixes
peixes pescados
pesacira fingida
a filmar os pescadores pegando peixes,
na quinta, estreiou o programa,
família reunida
esposa, filhos e os amigos
começaram a assistir
o locutor dá uma pausa, fala da manhã agitada
do dia a dia,
muda o assunto e fala
dos amigos pescadores
pegando peixe
em vez de trabalhar
a esposa contesta o marido
achando que estava no escritório e não pescando.
O homem desliga a TV, serve uísque aos adultos
e refrigerante as crianças.

O Locutor Esportivo - Carlos Drummond de Andrade

O locutor Evaglio
não sabia de futebol
todos adoravam
o jogo narrado errado
a partida era bem
festejada.
Sempre fazia um
time ganhador.
Um dia narrou
um jogo correto
e todo mundo
o ignorou
e um gari virou
o locutor sofreu
com muita dor
querendo voltr
a ser locutor.

O Assalto - Carlos Drummond de Andrade

Uma casa bem vigiada
um cachorro guardava
o cachorro nem durmia
para tomar conta da casa
certo dia ladrão arrombar o portão
faria o mesmo na porta da casa
quando o cachorro o via
abocanhando-lhe a perna esquerda
o ladrão tentara sacar o revólver
mas não conseguia
caindo no chão
sobre as patas do cão
e nunca mais assaltara
a casa
de dia ligou um homem
perguntando se o cão
era vacinado
o cão abanava o rabo
falando afirmativamente.

Biografia de Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31/10/1902. É natural de Itabira do Matot Dentro (MG). Residiu na Fazenda do Pontal até os 2 anos de idade. De 2 anos até aos 18 anos morou em Itabira (MG).
Escreveu o poema "Confidência do Itabirano" em homenagem à sua terra natal.
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
 
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
 
De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
 
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
BELO HORIZONTE


Em 1925, em Belo Horizonte, casa-se com Dolores Dutra de Moraes e conclui o curso de farmácia em Ouro Preto, mas não exercerá a profissão. No mesmo ano, funda com outros escritores "A Revista", que, embora só conheça três edições, será importante para a afirmação do movimento modernista mineiro.
No ano seguinte, Drummond leciona geografia e português em Itabira e então muda outra vez para Belo Horizonte, a fim de ser redator-chefe do "Diário de Minas". Em 1927, ele e Dolores perdem o filho recém-nascido.
Em 1928 publica na Revista de Antropologia de São Paulo o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil.
Em 1929, deixa o "Diário de Minas" para ser auxiliar de redação e depois redator no "Minas Gerais" (órgão oficial do Estado). Em 1930, publica "Alguma Poesia", seu primeiro livro, numa edição de 500 exemplares (paga por ele mesmo), e se torna redator de três jornais simultaneamente: o "Minas Gerais", o "Estado de Minas" e o "Diário da Tarde".
Escreve o poema "Praça da Estação" referindo-se à Belo Horizonte.




A Praça da Estação de Belo HorizonteCarlos Drummond de Andrade

Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça - forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade.


RIO DE JANEIRO


Em 1934, publica "Brejo das Almas" (200 exemplares) e assume um cargo público no Rio de Janeiro, como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação.
"Sentimento do Mundo" é publicado em 1940, com tiragem de 150 exemplares. "Poesias" sai dois anos depois, pela José Olympio Editora. Em 1944, Drummond lança "Confissões de Minas" e, em 1945, "A Rosa do Povo" e a novela "O Gerente".

Também em 1945, deixa a chefia de gabinete de Capanema, tornando-se editor da "Imprensa Popular", o jornal comunista de Luís Carlos Prestes. Meses depois, afasta-se por discordar da orientação do jornal. É então chamado para trabalhar no Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN).
Apesar de exercer funções burocráticas até 1962 (quando se aposenta), o poeta se preocupa com a profissionalização do escritor e, sempre que possível, trabalha em prol dos companheiros de escrita.
Em 31 de janeiro de 1987, escreve o derradeiro poema, "Elegia a um Tucano Morto", que integrará "Farewell", último livro organizado pelo poeta. No Carnaval do Rio, é homenageado pela Mangueira com o samba-enredo "No Reino das Palavras".
Carlos Drummond de Andrade faleciu em 17/08/1987, no Rio de Janeiro. O suplemento de ideias, do jornal do Brasil, de 22 de agosto de 1987 (cinco dias depois da morte do autor) apresentou em suas páginas centrais trechos da última e exclusiva entrevista do poeta mineiro ao jornalista Geneton Moraes Neto. O material segue, no link abaixo, na íntegra:
Uma das obras mais importantes de Drummond são: "O avesso das coisas"; "Moça deitada na grama"; "O amor natural", etc.